A utilidade do inútil: por que estamos desaprendendo a viver sem finalidade
Toda vez que alguém diz que algo é “perda de tempo”, o que se ouve é um elogio à servidão. A utilidade tornou-se o novo critério de realidade. Só existe o que serve. Só vale o que produz. Só conta o que pode ser medido. E assim, de tanto perseguir relevância, tornamo-nos irrelevantes para nós mesmos. O que não tem função, hoje, precisa pedir desculpa por existir. O problema é que é justamente o inútil que ainda nos mantém humanos.
1. O fetiche da função e o recalque do desejo
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